Depois do irregular Landscape of Life (1974), o Osanna se separa, devido às suas diferenças musicais e políticas. Devido também à exaustão. Mas se separa em dois grupos: o flautista e saxofonista Elio D'Anna e o guitarrista Danilo Rustici formam o UNO e gravam disco em Londres em 1974, enquanto o vocalista Lino Vairetti e o baterista Massimo Guarino formam o Città Frontale e gravam "El Tor" no ano seguinte. Permanecem em Nápoles e seria mais apropriado falar talvez em uma reforma, pois Città Frontale fora a primeira encarnação do Osanna, com Giani Leone, do Balletto di Bronzo.
Ambos os discos são bons, o do Uno por vezes lembrando até o Landscape (as flautas de "Right Place"), ao passo que o do Città tem em "Duro Lavoro", felizmente a mais longa em seus 8' 21'', sua faixa mais brilhante, com menção ao sanguinário ditador Franco.
El Tor é um disco conceitual, que trata do surto de cólera em Nápoles em 1973, o nome "El Tor" referindo-se a uma cepa da bactéria vibrio cholerae, agente causador do cólera.
Eu ia escrever "cólera que assolou Nápoles", mas assolar, aqui, seria tão forte quanto impróprio. O surto epidêmico, lembrado até hoje, matou 12 pessoas na cidade.
Doze.
Foi controlado porque, em cinco dias, conseguiram vacinar 80% da população.
Como era bom o rock progressivo italiano da primeira metade dos anos 70.
Napolitano vacinado em 1979 |
PS: E olhando bem, não é que a capa do UNO (da Hipgnosis!) lembra também um vírus?! Mais o corona até?!
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