Sou colecionador de pratos da Boa Lembrança, conforme tratei aqui e aqui. Com a pandemia e o isolamento, 2020 foi ano difícil para a coleção, para a minha, para a sua, para tantas todas as outras. Ainda que as esperanças de 2021 logo tenham sido soterradas sob políticas do desgoverno genocida, o início do ano foi marcado por diversos lançamentos, como o do Fabrizio acima, em Arraial D'Ajuda.
Pensei logo: este nem se fosse a 100 metros daqui de casa: dispenso prato cujo nome remeta ao juiz ladrão, hoje devidamente desmascarado.
Uma pesquisa, no entanto, me fez conhecer a excepcional cerâmica da Sicília e a cidade de Caltagirone, já na minha wishlist. Destorci o nariz: teria este prato em minha parede, sim.
Mostrei isso tudo à Camila, que também não conhecia nada disso, na quinta-feira, nos empolgamos horrores a ponto de escolhermos já as cabeças di Moro que traríamos de Caltagirone para casa. Isso foi na quinta. Na tarde de sexta aboletamo-nos no sofá para assistir a A Voz Humana, filme mais recente do Almodóvar.
E na estante do apartamento de Tilda Swinto, lá estava ela: a testa di Moro.
Onde sempre esteve.
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