Guardei para hoje a postagem sobre nossa visita à Vigília Lula Livre, em Curitiba: um ano de sua prisão tão absurda quanto injusta.
Chegamos na cidade na noite de quinta e eu já queria ir lá, mas a noite e a chuva desanimavam. Na sexta, o passeio de trem para Morretes toma quase o dia todo, embora eu também tivesse querido na volta. Com chuva e vento. Acabou que a manhã de sábado (o passeio à colônia anarquista em Palmeira se revelando impossível) mostrou-se o melhor dia: o céu melhor azul como fundo para araucárias, tantas.
O motorista de táxi incrédulo e arregalado: 'É aqui que vocês vão ficar?'. Sim, moço, é aqui, junto desse povo que acampa e que visita e que foi marginalizado e feito marginal por uma mídia corrupta e vendida. A energia boa, a cordialidade imensa, um carinho grande apesar das indignações. A luta.
Duas caravanas chegaram. E havia grupo de cegos. E canções e palavras de ordem. O bom-dia entoado treze vezes, depois mais música enquanto o mate ferve e (parece) o grupo mais die-hard, os de fato acampados, a tudo observam.
A gente fica meio criança, tocado pela energia, mas sem esquecer o absurdo, a injustiça da situação, que está ali na figura nefasta do prédio da Polícia Federal.
Não somos contra polícia, claro, ainda infelizmente necessária. Mas polícia não é pra isso: pra comer na mão da elite e sentar a porrada nos que a incomodam. A polícia no Brasil não foi outra coisa nos últimos séculos. De mãos dadas com um Judiciário viciado, corrupto, egoísta.
No comments:
Post a Comment