São todxs pernambucanxs, como Lula: Dona Norma que lembra histórias de Lampião (roubou as joias da sua avó), o vaqueiro que ainda usa chapéu de couro na feira de Caraibeiras, o feirante vascaíno com muito orgulho, os índios pankararu, a galera do maracatu, o moço do leite maltado, o amigo fã do Moacyr Franco, os feirantes que tomam pitu enquanto comem cabeça de bode em Taquaritinga, as loiceiras Nila e Cida do Altinho, Seu Preguinho na sua varanda de azulejos enxaquetados na combinação que nenhum boteco carioca tem. Todos pernambucanos, menos Lampião, vendedor de cordel, que é paraibano.
O título da postagem roubei-o do soneto que Carlos Pena Filho fez pro Brennand, tão a propósito e que termina assim:
Arquitetar na sombra a despedida
Deste mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida
Com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório.
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