Quando Rosa pega pra ser doce e terno, não tem pra ninguém. Às vezes acho ele escrevia meio bêbo, no sentido baudelairiano ao menos, de que é preciso sempre estar.
-- "O burití é a palmeira de Deus!" -- ela disse, disse. Lélio se lembrava dos gestos de sua mãe, e, como êsses vaqueiros do Alto Urucúia, relatava coisas ao cavalo. Mais se contentava, sem pensamento, perto de tudo. Ela estava com um plastro branco na ponta de um dedo, machucado em qualquer parte. Seu nome era que lindo por lindo, qual retinia. No que não havia risco de ninguém ver, pois já estavam de saída, êle o escreveu, porção de vêzes, nas costas das fôlhas das piteiras. Mas ao cavalinho pampa os nomes que dela disse foram outros: Minha-Menina, a Môcinhazinha, Sinhá-Linda...
"A Estória de Lélio e Lina"
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