Saturday, February 25, 2017

Crônica Única para Angola



Estivemos em Angola? Não, não estivemos. Aeroporto é aquela impessoalidade, lugar de espera, de passagem, de tédio, de esmolar por um sinal de wi-fi, lugar sem alma, na verdade um não-lugar, tão ao gosto de Win Wenders. Em Luanda, então, porventura a capital mais cara do mundo, uma camisa de futebol de terceira categoria no acanhado aeroporto custa o olho esquerdo, o caderno em quimbundo, o direito, e já não haverá com que pagar o outfit estampado de bode, tão black metal, que encanta Camila.

Mas não é que entre uma Cuca e outra (ah, houvera um copo para a coleção a vida subitamente faria sentido), entre um fino e um prego no pão, entre uma palavra e outra trocada em português com os funcionários, alguma coisa se descobre?












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