Eu já estivera no parque Lage dezenas de vezes, mas nunca tinha visto esta torre. Sempre é tempo. Lembrei-me de imediato dos versos do Yeats, escritos na amargura da velhice, ainda mais por quem fora rejeitado por Maud Gonne e, depois, sua filha. Mas é amargura mesmo melancólica e de um caráter mais geral e indefinido e, quiçá, inevitável. Daquelas que também acometeram Bilac, como Carlos bem lembrou em "Dentaduras Duplas" :
"Dentaduras duplas:
dai-me enfim a calma
que Bilac não teve
para envelhecer."
Já os versos iniciais de Yeats, que me vieram à mente esta manhã quando fui ao Parque Lage em busca de jambeiros:
"What shall I do with this absurdity --
O heart, O troubled heart -- this caricature,
Decrepit age that has been tied to me
As to a dog's tail?"
1 comment:
Torre mágica. No Rio de Janeiro, não há lugar melhor pra cantar: https://www.facebook.com/kaduaf/videos/1123597340993923/
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