Em setembro de 2016 tivemos no Rio de Janeiro a 1ª BOA, Bienal de Ópera Atual. Tive o privilégio de assistir aos ensaios e às apresentações tanto de A Ópera do Mambembe Encantado, de Eli-Eri Moura, com libreto de Tarcísio Pereira, quanto da Medeia, do Mario Ferreira. As experiências acabaram ensejando esta postagem aqui.
Bem, talvez não me considerando suficientemente privilegiado, o Mario pediu-me que eu vertesse para o inglês sua Medeia. Minha reação primeira foi a de inventar uma desculpa: não tenho feito traduções, o que dizer versões, o que dizer de uma ópera, mas considerando a chance de ultrapassar um pouco meu μέτρον e sendo um pedido do Mario difícil de negar, anuí.
Não foi fácil, a começar pela dureza mesmo da narrativa, a gente acaba se envolvendo. Mas foi ótimo. De quebra, entre idas e vindas pela rede (tá vendo, Thiago Ponce?), acabei descobrindo que Darius Milhaud também tem sua Medée. Acabei também assistindo ao Medea, do Pasolini, com a Maria Callas. Uma experiência completa.
Não sei se os acentos caíram exatamente onde deveriam, não sei se baixou o espírito de Janáček. Mas uma coisa confesso: dei um jeito de enfiar na versão um bodkin e uma amazing journey, para que assim Hamlet e Tommy estejam presentes. 😀
MEDEA:
Today hopelessness made an alliance with me.
Today still I shall concoct with my instincts
A deal of destruction of my enemies…
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