Passamos da metade de janeiro. A folia foi dia 6. Tem muito 2017 ainda. Mas já é com certeza um dos highlights do ano todo.
1 comment:
Hamilton Botelho Malhano
said...
Rio de Janeiro, 26.02.2017. Bom dia, chefe! Gosto muito de Folias de Reis, desde criança me encantam. Em determinada época de minha vida de pesquisador solteiro abasteci meu 'fuscão' de certa bagagem, como é necessário nesses casos, máquina de Super-8, gravador, uma boa quantidade de filmes e outra de fitas K7, etc., e me mandei com uma ideia na cabeça. Tomei a direção do norte do Estado do Rio de Janeiro, onde sabia ser época de botar o bloco nas ruas das cidades de minha infância. Entrevistei mestres, portadores de estandarte e palhaços/demônios, -(aqueles que usam máscaras de couro de animal peludo, notadamente o bode)-, e que obrigatoriamente as tiram diante do presépio, sob pena de enfrentar 'castigo divino. Depois de casado boa parte de meu acervo de pesquisas solteiras, livros, móveis, etc. não cabia na nova casa e precisei correr risco e alugar um depósito, no caso, uma garagem alheia. Mudanças várias até encontrar um bom lugar em troca de uma capela completa que herdara de família. Era o mosteiro da Praça 7, em Vila Isabel. Resultado, a madre superiora que me autorizara ouso de pequeno quarto de depósito adoeceu e sua sucessora quebrou parte dos móveis, deu fim nos livros, (alguns eu havia publicado com Berta Gleizer Ribeiro e com seu ex-marido Darcy Ribeiro), ficou com o que lhe interessava e quebrou o resto, despejando a tralha em uma caçamba de lixo na Praça.Não tenho mais documentação, perdendo grande tudo. O que sobrou estava comigo em casa e não deu sequer para montar uma pequena mostra. A maioria era gravação da apresentação e do ritual de cada grupo diante do presépio. Agora é tarde. Mas quero sugerir-lhe uma investigação na Mangueira. Naquela época eu conheci uma Folia de Reis autóctone. Característica, tinha a participação de várias mulheres. Boa sorte! Hamilton Botelho Malhano
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Rio de Janeiro, 26.02.2017. Bom dia, chefe! Gosto muito de Folias de Reis, desde criança me encantam. Em determinada época de minha vida de pesquisador solteiro abasteci meu 'fuscão' de certa bagagem, como é necessário nesses casos, máquina de Super-8, gravador, uma boa quantidade de filmes e outra de fitas K7, etc., e me mandei com uma ideia na cabeça. Tomei a direção do norte do Estado do Rio de Janeiro, onde sabia ser época de botar o bloco nas ruas das cidades de minha infância. Entrevistei mestres, portadores de estandarte e palhaços/demônios, -(aqueles que usam máscaras de couro de animal peludo, notadamente o bode)-, e que obrigatoriamente as tiram diante do presépio, sob pena de enfrentar 'castigo divino. Depois de casado boa parte de meu acervo de pesquisas solteiras, livros, móveis, etc. não cabia na nova casa e precisei correr risco e alugar um depósito, no caso, uma garagem alheia. Mudanças várias até encontrar um bom lugar em troca de uma capela completa que herdara de família. Era o mosteiro da Praça 7, em Vila Isabel. Resultado, a madre superiora que me autorizara ouso de pequeno quarto de depósito adoeceu e sua sucessora quebrou parte dos móveis, deu fim nos livros, (alguns eu havia publicado com Berta Gleizer Ribeiro e com seu ex-marido Darcy Ribeiro), ficou com o que lhe interessava e quebrou o resto, despejando a tralha em uma caçamba de lixo na Praça.Não tenho mais documentação, perdendo grande tudo. O que sobrou estava comigo em casa e não deu sequer para montar uma pequena mostra. A maioria era gravação da apresentação e do ritual de cada grupo diante do presépio. Agora é tarde. Mas quero sugerir-lhe uma investigação na Mangueira. Naquela época eu conheci uma Folia de Reis autóctone. Característica, tinha a participação de várias mulheres. Boa sorte! Hamilton Botelho Malhano
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