Não gosto sequer da ideia de botequim com filiais, de modo que o único Belmonte que realmente presta é o da Praia do Flamengo, onde se devora excelente javali aperitivo. Evoé, Obelix.
O de Copacabana, porém, vale a visita por ter o último painel (5 metros) de Nilton Bravo, pintado especialmente para a casa. Aí aprovo :: os caras tiveram a grande atitude de fazer uma encomenda para o que fora e sempre será o "Michelangelo dos botequins", aquele que, segundo Carlos Heitor Cony, será lembrado no Dia do Juízo Final como o maior pintor brasileiro do século. A quinta filial do Belmonte abriu em 2005, ano em que Nilton morreu aos 68 anos.
Nada de paisagens bucólicas e ipês aqui. Em vez, a gritaria quente das araras, praticamente as mesmas da casa do meu amigo e grande nilton-bravólogo Rixa (ver aqui). Dir-se-á certo aburguesamento, concordo, e pode-se mesmo suspirar pelos Bravos suburbanos tingidos por gordura barata, mas a festa das cores decerto nos faz pedir outro e mais outro chope.
Já escrevi muito sobre o Bravo, até soneto pra ele já fiz (ver aqui, com link para outros posts também).
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