Ao chegar ao Caraça em 1881, Dom Pedro II exclamou que só o Caraça pagava toda a viagem a Minas. Só não sei se antes ou depois de escorregar na pedra que até hoje traz em si inscrição da duvidosa glória. Parafraseando o Pedrão, digo que só o Mosteiro de Rila paga toda a viagem a Bulgária.
Chegamos lá a partir de Sófia em mínima excursão de três :: nós dois e um velho inglês. Como estávamos em dia de semana no ápice do inverno, tínhamos todo o gélido mosteiro para nós. Fundado por São João de Rila no século X, o complexo foi reconstruído na primeira metade do século XIX depois de um incêndio. As pinturas, portanto, não são assim tão vetustas, o que pouco importa. Símbolo da renascença búlgara, bastião da eslavicidade em meio à ameça e ao domínio turco, uma glória artística para quem ama afrescos.
Repetirei Rila a cada volta à Bulgária.
É tanta coisa para fotografar. Para este pequeno post publico apenas algumas fotos do Inferno ("Изоставят всички се надяваме, вие, които влизат тук", búlgaro para "Lasciate ogni speranza, voi ch'entrate"), assim como no post dos azulejos da Glória publiquei apenas anjos. Um modo de equilíbrio, quem sabe.
1 comment:
Que delícia acompanhar esse teu blog Evandro!
=)
Felicidades pra vocês!
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