Tuesday, December 03, 2013

Tinha me esquecido do quanto era sublime ::: a Quarta de Mahler



Tinha me esquecido do sublime da Quarta Sinfonia do Mahler. Época houve, final dos 80s começo dos 90s, que eu, querendo que gostassem de Mahler tanto quanto eu ou que pelo menos o conhecessem, presenteava com a Quarta, obra relativamente acessível se comparada às duas anteriores e ao que estava por vir.

Fiz algum mahleriano? Certo que não. Mas esse meu hábito acabou por passar a mim mesmo que essa sinfonia era... "fácil". Tolice. Fechando o ciclo Wunderhorn e mais uma vez com voz (reservada para o movimento final), é obra mais intimista e em menor escala. Para padrões de Mahler, claro. É sinfonia em Sol Maior, em que o gênio concede férias coletivas a seus demônios.

Mas é sublime. O adágio é sublime. Esqueçamos o fanfarramento tolo lá pelos 20 minutos. Ali um pouco antes, pelos 19' e depois 22' :: é o que mais próximo se pode chegar a Deus, whatever that means.


No comments: