Wednesday, July 17, 2013

Glenn Gould toca Brahms. Com introdução de Bernstein.



Um dos episódios mais marcantes da história da música erudita ocidental :: não apenas a performance de Glenn Gould tocando o concerto de Brahms (toda performance de Gould facilmente entra no nicho de episódio marcante, principalmente, creio, aquelas que ninguém ouviu tirante o próprio), mas a fala de Leonard Bernstein e seu notório disclaimer.

Muita água já correu. Muitos admiradores de Gould repudiam até hoje Bernstein por ele ter dito o que disse apenas minutos antes do início do concerto. Ter atirado o hipersensível Gould às feras.

Não sei. Bernstein age como o típico entertainer. Típico entertainer norte-americano, tipo a música já é tão dramática, bora dar uma relaxada? Fazer isso às custas do pianista pode ser complicado. O maestro passou o resto da vida afirmando que não teve qualquer intenção mesquinha e que o próprio Gould aprovara sua fala. Não sei.

Sei apenas que Gould insistiu para que tudo fosse tocado devagar. A única indicação de Brahms para o tempo é.... maestoso, um tanto vago.


 

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