Estive no show do Beto Guedes ontem, primeiro sábado de julho deste ano na Cinelândia.
Este não foi meu primeiro show do Beto :: estive em um mítico (para mim) no Parque Lage em 1985 em que a banda de abertura era o Sagrado Coração da Terra. A galera vaiou vaiou o Sagrado e eu do alto da minha timidez absurda (e não bebia cerveja) mandava todos à merda.
O Beto foi importante para mim nessa época e por isso ainda o é hoje.
O show de ontem.... bem, me fez pensar o quanto é bom ter seus vinis e Cds, pois o show em si é muito ruim. Nem digo pelo fato de sua presença de palco ser algo perto da desastrosa, porque isso já sabemos e o amamos mesmo assim (e por isso). Lo que pasa es que ele e sua banda pasteurizam as músicas de tal maneira que já não haverá distinção entre o agito de "Feira Moderna" e a caixinha de música de "Gabriel". Beto & banda jogam tudo no liquidificador e o que sai é aquele som insosso de uma apresentação ao vivo insosssa. O que salvou foi, amiúde, a galera que, saudosa, cantava junto. Ou seja:: às vezes era mais reconfortante ouvir o público a ouvir as versões cool e sem ritmo da Beto & Banda.
Não sou um chato que quer ouvir ao vivo a reprodução mimética do estúdio. O que não quero ouvir é todas as canções absurdamente iguais e cantadas de modo a destroçar ritmo, melodia e harmonias.
Um bom momento foi "Cantar", do Godofredo, o primeiro bis, Beto um pouco mais solto. "Paisagem na Janela" foi o final apoteótico, mas essa música, com seus backing vocals de motel, é uma boa merda.
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