Ao publicar poemas aqui, recebo alguns comentários no facebook, onde ponho o link, e, bem menos frequentemente, aqui.
Em relação aos dois livros recém-publicados, pouco feedback, e isto é uma constatação, serve para contextualizar o que vem a seguir, não devendo, portanto, ser entendido como um resmungo.
Mas não é que me surgiu pela frente uma leitora crítica, daquelas de fazer inveja ao Sílvio Romero?
Disse que meus poemas pornográficos (a palavra é dela) são todos dispensáveis.
Que há excesso de metalinguagem nos sonetos, o que cansa.
Que sou hermético demais, às vezes.
E que nem tudo ali no Dante é tão bom assim.
Finalizou dizendo:
que gosta mais do Taipa.
E que o melhor de tudo era mesmo o Prefácio (que não é meu).
Ai de mim, o que de bom fiz para ganhar leitora tão atenta? Mal, muito mal comparando, lembrei-me de certa história anedótica entre Mahler e sua mulher Alma (por quem, o trocadilho é inevitável, ele perdeu a sua):
Mahler [executando a Quarta Sinfonia ao piano]: Gostas?
Alma: Acho que Haydn fez melhor.
4 comments:
Tensa e má educada. Está precisando de mais poesia, mais afeto e, muito provavelmente, mai sexo
Oxalá essa "leitora atenta" nunca ponha os olhos nos meus pobrinhos versinhos.
(Mas quanto à Alma, provavelmente ela tivesse razão!)
Pirou, Raul? As 106 sinfonias do Haydn não valem um scherzo do Mahler.
Bom, ainda não tive o privilégio de ler os livros na íntegra, mas fui leitora (atenta?) dos muitos que li. De alguns gosto muito, de outros nem tanto, mas eitcha leitora atenta essa aí, hein rsrs. Mas acho que toda critica vale a pena e nos faz rever, ou não, o que foi produzido. Estou no aguardo, Ev, de receber meus gêmeos. Quero o número da conta. Se com chopp nunca rola mesmo, que venham, devidamente autografados, of course, via sedex. Marta
Post a Comment