Monday, November 26, 2012

The Virgin Suicides - A Trilha



Lost in Translation é um filme tão idiota que não tive gana alguma de assistir a Marie Antoniette ou Somewhere.

Mas The Virgin Suicides (aqui traduzido por As Virgens Suicidas, vejam que o inglês fala de coisa bem diferente...) é um filme poderoso, inesquecível, arrepiante e, sim, por que não?, lindo. Aqui, sim, Sofia Coppola revela-se filha do peixe.

Mas quero é falar da trilha.

Aqui esconde-se um dos álbuns mais recheados de mellotron de que tenho notícia. Sim, coloque-o lado a lado com o Morte Macabre, com o Spring, com o Änglagård

A trilha é do Air, que ninguém chamaria de rock progressivo, por elástico que seja o termo. Eles fazem eletrônica, ambiente. Mas se a alguém vier o clichê de "frio": sim, frio e cortante como lâmina afiada.

E há também guitarras, bateria (também não eletrônica), baixo e violão, voz.

A canção final, "Suicide Underground", com uma voz eletronicamente modificada a explicar o enredo do filme, isto é, aquelas cinco meninas reprimidas lindas que se matam - todas as cinco, é de fazer peixe pular do aquário.

(E me lembra, embora sonicamente bem distinto, Raul Cortez narrando no final da igualmete belíssima trilha de Lavoura Arcaica)



1 comment:

Enaldo Soares said...

Discordo quanto á opinião do filme, e se você gosta de história e brit pop irá curtir Maria Antonieta.

Acho que Air, de quem sou fã, desde Moon Safari, algo mais voltado para os anos sessenta, e há muita coisa de música francesa neles.

Parabéns pelo blog!