Uma das pragas a assolar boa parte da poesia contemporânea é o trocadilho. Poesia se faz mais com palavras do que com ideias, è vero, mas daí a limitá-la a um verso final com aquele trocadilho "genial" é fueda.
O próprio Gilberto Mendonça Teles, que prefaciou meu Taipa, fez questão de dizer em público que meu "Bia" era ruim.
BIA
Avelã
Ave lã
Ave lúdica
Aveludada
Ah, vê-la!...
Talvez ele tenha razão, mas à época houve quem gostasse e, detalhe importante, não foi uma pessoa só.
Por que digo o próprio Gilberto? Ora, porque voltei à sua poesia há alguns meses. Ele é poeta de grandes recursos, mas hoje, passados 18 anos do Taipa, acho que... ele abusa do trocadilho!
Talvez estivesse ele então em mecanismo de transferência? Não sei. Sei que escrevi outro na mesma linha.
Não há-de entrar em livro. Mas se calhar alegra um e outro.
Aqui s
aqui o
aqui s
aquiesce
aquece
aqui esse
que te ama.
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PS: percebem que os três primeiros versos fazem sos.
SOS SOS SOS SOS SOS
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