Não, não são os Delft, em Amsterdam facilmente encontráveis à venda, antigos ou fresquinhos. Refiro-me aqui a esses que descobri por acaso, andando principalmente pela parte sul da cidade, dispostos na entrada daqueles pequenos prédios vermeerianos, ladeando a porta. Já me dava por satisfeito com eles, alguns esmaltados, mas eis que depois vieram frisos art nouveau a que se seguiram ainda dois lindos painéis. Nestes, de quebra, a assinatura no canto inferior direito revelou o segredo: Distel. Trata-se da De Distel, fábrica de cerâmica fundada em 1895 e muito requisitada e premiada nos primeiros decênios do século XX. Em Distel desenvolveu-se a técnica carduus, por sua vez inspirada na corda seca. Um achado, um tesouro
2 comments:
O padrão e talvez mesmo a cercadura na porção superior da foto 7 eu já vi aqui no Rio de Janeiro. O problema é que na Bélgica foram feitos azulejos com padrão idêntico. Isso era muito comum na virada do século XIX para XX. Não duvidaria encontrar este padrão produzido também na Inglaterra e Alemanha.
Agora, talvez você tenha encontrado a origem dos "azulejos de metrô" mais finos que temos aqui no Rio, pois de forma simplificada temos dois tipos: uma mais largo na altura e mais "gordinho", mais espesso, e outro mais "baixo" tanto na altura quanto na espessura. O primeiro tipo é provavelmente belga, mas este segundo mais "baixo" ainda era uma dúvida para mim, e quem sabe vieram da Holanda, como a maior parte dos azulejos de padrão ainda existentes no Rio.
Consegui me lembrar onde já vi estes azulejos:
https://azulejosantigosrj.blogspot.com/2013/01/catete-iv-rua-bento-lisboa.html
abraços!
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