Saturday, November 17, 2018

Callado e Meu Avô


Escrevi recente sobre o romance Don Juan (1971), de Antônio Callado, para tratar, feliz, da referência, logo nas primeiras páginas, a um quadro, a um qualquer quadro, de Nilton Bravo em um botequim (aqui).

O romance, por óbvio, merece lembranças e postagens por outros diversos motivos. Ele começou bem (e não apenas pelo Nilton Bravo), depois esfriou, mas terminei de olhos molhados.

Havia um folclore entre os von Sydow que quando Callado esteve preso no terrível quartel da Barão de Mesquita, meu avô, que morava ali perto na Rua Uruguai, foi visitá-lo. Callado de fato foi preso, em duas ocasiões, e teria dito a meu avô que foi dele sua única visita recebida.

Biruta do jeito que meu avô era (aqui), não duvido que ele tenha subestimado os riscos e de fato ido, a pé, visitá-lo.

A postagem é para dizer isso. Era para outra coisa, era pra falar das epígrafes do livro, retiradas do Auden, mas botei meu avô no meio e agora já acho que isso inunda a postagem inteira.

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