Num prédio da Rua Uruguai, perto da Barão de Mesquita, três generosos paineis de 150 azulejos cada. Os motivos são os usuais :: paisagens europeias bucólicas, de acentuado sabor escapista. A presença humana é mínima, o que é bom, pois quando existe, como no primeiro painel, o tratamento é um pouco desleixado. Disse "europeia"? O terceiro trabalho tem cariz tropical, algo orientalista, quem sabe o luso-tropical de Freyre.
A assinatura no canto nos fala de uma Cerâmica Brasileira / Irmãos Silva Ltda. A data é 1963.
Vislumbrei um dos paineis do interior do 226. Dias depois procurei pelo prédio, na volta da queixada (ver aqui), mas ele desaparecera. Hoje encontro não o um, mas três. Maravilha.
Quando saiu de Copacabana, arrastando atrás de si minha vó e três filhos assustados, meu avô (aqui) desajustado dizia que ia para a Tijuca atrás do "ar das montanhas". Talvez tivesse ele visto esses paineis e sonhado.
(Se bem, em que pese tanto prédio e ônibus, se alçamos um pouco a vista vemos que o Maciço da Tijuca continua lá...)
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