Acredito que em programas de TV, de humor ou não, isto seria chamado de "programa de pobre": num feriado pluvioso como o de hoje, pego o Dante e me meto no 606. Vamos até o ponto final, próximo à rodoviária, onde levo conversa mole com o motorista para não desembarcar (não é ônibus circular, mas ainda existem circulares?) e com ele retorno pra casa. Não raro, dependendo do seu humor, perdemos o ponto e continuamos rumo ao Engenho de Dentro ou quase.
Verdade que fazemos esse passeio sem chuva também, e então muitas vezes saltaremos (desnecessária pois a conversa mole) e iremos até a Praça XV de VLT, que ele nem curte tanto porque não pula.
Mas com chuva o passeio se torna imperioso, que ele pede e exige. O ônibus o acalma, mas não o aquieta. Se é pela manhã., às vezes bate uma soneira que, num drink com irritabilidade e ansiedade, é mistura poderosa, XXX. Soneira que se aplacada numa soneca cada vez mais difícil, o menino cresce e a cabecinha já não cabe bem assim no colo, tudo volta a fluir.
Como escrevi, o VLT ele não curte tanto. Ele gosta é da trepidação, por isso no ônibus me puxa sempre até o assento do fundo ou aqueles altos, justo em cima da roda. Conhecemos já os trechos de grande trepidação: a Praça da Bandeira, a Rua Uruguai.
Neste sentido, mais velho o ônibus, melhor.
vamos de mãos dadas |
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