Bom que, justo neste ano em que enfim conheci a casa de Stefan Zweig em Petrópolis (aqui), tenha eu tido a tão inesperada quanto linda oportunidade de assistir a uma exposição sobre sua faceta epistolar no Centro Cultural dos Correios.
Um luxo uma exposição como esta. Um luxo ao alcance de tantos, só subir escadas, ou pegar o histórico elevador, numa região tão frequentada por frequentadores de cultura.
À exposição bem montada, impossível segurar certo sorriso irônico, sem perder a ternura jamais, ao tomar ciência que Zweig lamentava já o fim das cartas face os jornais e suspirava:
"Mas algo como que misterioso se apartou de nós quando deixamos de ter amor a carta! (...) Algumas coisas só podem ser ditas nessa entonação indescritível que a conversa a dois preserva, e alguns dos comunicados mais cheios de alma do nosso tempo talvez apenas tenham se perdido porque, desaprendemos, ao que parece, a arte da carta."
O que não teria o escritor tão admirado por Freud, com quem se correspondia, em face da riqueza comunicativa do twitter, sms, zazap.
Mais de Zweig no blog aqui.
1 comment:
Tem um texto do Zweig sobre a sua chegada no Rio no meu blog em http://literaturaeriodejaneiro.blogspot.com.br/2014/09/stefan-zweig-no-rio-de-janeiro-parte-1.html
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