When you kneel below me
and in both your hands
hold my manhood like a sceptre,
When you wrap your tongue
about the amber jewel
and urge my blessing, (...)
poema que imediatamente me lembrou o Drummond de
Sem que eu pedisse, fizeste-me a graça
de magnificar meu membro.
(...)
Nunca pensei ter entre as coxas um deus.
Bem, gostei da Celebração como gosto da graça do Carlos, mas pensei, bem, e quando somos nós que ajoelhamos?
Aí, saí-me com isto :
Agora sabes possuir
uma deusa entre as pernas
de que me fiz devoto
à primeira vista e cheiro
não quero Shantadurga ou Kali
Afrodite nem Atená
Fátima Néftis
Yansã Iemanjá
quero esta que tens
no recôndito das coxas
esta que sobre mim reina
implacável e doce
esta que me aprisiona
ao menor aceno
esta a que volto sedento
esta a que volto sereno
esta que me dessedenta
com seus lábios de mel
esta oblíqua e dissimulada
que me doma e dobra os joelhos
para assim levar-me ao céu
em meio a ásperos pentelhos
esta a deusa que adoro
eu que ateu me acreditava
esta a menina-deusa a que rendo
preito rendido e incansável
não quero Shantadurga ou Kali
Afrodite nem Atená
Fátima Néftis
Yansã Iemanjá
quero a deusa que possuis
no recôndito das coxas
ante a qual me ajoelho
e devoto (mui devoto) expio
No comments:
Post a Comment