Neruda querido Neruda querudo, já euzinho aqui quero seus pés antes de me encontrarem e não os amo apenas porque me encontraram.
Quero e amo pelo que são. E pelo(s) caminho(s) que trilham.
Claro que tudo que quero é que eles os pés caminhem junto aos meus. A mim cabe enfeitiçá-los para que aos meus encontrem sempre,
Um soneto do ano passado
Aqui.
depois de amar deitar os pés na grama
sentir como acolhe e refresca as plantas
que este milagre que se chama orvalho
é o amor que se faz enquanto as roldanas
baixam e alçam as cores do céu
e o sangue pingado nas quaresmeiras
é o amor que se faz como brincadeira
de bichos vadios vagando ao léu
-->
fazer-se bicho
fazer-se bicho devorar a grama
será este o segredo de quem ama
ver nos olhos o céu descomedido
ao borrifar de orvalho quente a grama
1 comment:
Deitamos o amor na grama
Borrifos...
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