Acabou dia 2 de março a exposição Anni 70 : Arte a Roma, no magnifico Palazzo delle Esposizioni, onde? bem, em Roma. Ficou quase três meses em cartaz, o que revela um bocado de prestígio.
Como tenho grande interesse pela Itália dos anos 70, começando naturalmente pelo rock progressivo, fui animado, no único dia que tinha de rever a Cidade Eterna no meu retorno das montanhas búlgaras. Dia, aliás, em que a Roma de janeiro esteve irreconhecível, de tão pluviosa. (E eu que sempre lhe gabara o céu de inverno, o frio delicioso dos 10, 12 graus.)
Em que pese o ótimo trabalho da curadoria, a exposição não me interessou senão pelo aspecto histórico. As obras, quase que todas já próximas das instalações, que se tornariam virais nas décadas seguintes, em sua maioria envelheceram mal. Nadica de rock progressivo (che peccato!), pouquíssimo de música (havia a Music in 12 Parts, do Philip Glass, que também... err, envelheceu mal, a música não o Philip).
E. Havia uma seção de cinema. Ótima seleção. Visconti, Scola, Moretti, Bertolucci, Antonioni, Fellini, Taviani, Pier Paolo, todos eles e mais uns outros ali. E aí, bem, Zabriskie Point fazia parte da seleção e exposição. Não faltou a lembrança da trilha composta pelo Pink Floyd.
Mas. Havia um seção de cinema, ótima seleção, com a natural inclusão dos monstros sagrados (alguns estreando, como o Nanni Moretti), dentre outros. E aí, bem, Milano Calibro 9, filme de Fernando Di Leo de 1972. Nenhuma referência à trilha-sonora composta pelo Osanna....
O profeta que não é reconhecido na própria terra, é isso? O santo de casa? Xenofilia?
O Osanna que já lançara L'Uomo, a caminho da obra máxima Palepoli.
Che peccato.
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