The funny thing is: nas duas vezes em que estive em Goa, ignorei, a ponto de desprezar, os whiskies indianos. Goa, aliás, pareceu-me especialmente fond of them. Achei que uma única dose daquilo iria me matar, de modo que na única vez em que me arrisquei a sair da Kingfisher foi para tomar do fenim, e mesmo assim mais pelo, digamos, "folclore".
E via a galera local cair de boca no whisky deles, seja nos botecos, seja nas praias, quase sempre misturando com refrigerante. Isso, naturalmente, não atraía. Soubesse então que boa parte da produção local é uma mistura de whisky escocês com melaço... me faria aferrar-me ainda mais à Kingfisher.
Só vim a saber que existia coisa chamda Amrut depois. Aliás, eu e a torcida do Bonsucesso. A revolução que essa destilaria vem fazendo, não apenas por seus deliciosos maltes, mas pela tal da "agilização tropical da maturação", só poderá ser avaliada com precisão em alguns anos, que agora estamos no meio dela.
Os escoceses que se cuidem. E / ou invistam mais em marketing.
Meu Amrut é o Peated, envelhecido em barris de carvalho, que minha amiga Erica Palmeira gentilmente me trouxe da Austrália. Em degustação anterior (às cegas), confundi-o com o Highland Park, o que, convenhamos, é já puta elogio. Sabor de turfa acentuado sem, no entanto, soar 'medicinal' como um Laphroaig. Cremoso, com algumas notas cítricas. Never aggressive. Retrogosto fraco, um pouco herbáceo talvez. A impressão geral é excelente.
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