Na sexta-feira passada tive a felicidade de assistir a um ensaio da Orquestra Ars Música em São Paulo. Programa todo ele Shostakovich e mais uma pequena obra de Mossolov. Ou seja, programa integralmente russo, o que faz sentido de vez que a música erudita russa é objeto de estudos do maestro Luciano Camargo.
Assistir a um ensaio assim é muito bom. Por trocentas vezes que tenhamos ouvido a peça, sempre se descobrem nuances até então ocultas. Obrigado, Rafaela, pela oportunidade.
A Quinta de Shostakovich foi uma das minhas portas de entrada na música erudita, em 1986. Recomendo-a como porta de entrada a quem for, já que ela é mais impactante e "alta" que a maioria do repertório do século XX. Tudo menos cerebral. O que não significa jamais facilidade (sobre isso escrevi neste post aqui).
Seu Largo é de uma beleza indescritível. Mas o tom final é antes eufórico que disfórico, como deve ser uma Quinta ::: V, Victory, talvez haja esperança afinal.
Bernstein pediu para ser enterrado com ela. Não é outro meu pedido.
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