O maestro Luciano Camargo e o baixo Oleg Didenko |
Para além da celebrada Quinta Sinfonia do Shostakovich, felizmente de lugar cativo no repertório das orquestras mundo afora, o programa incluiria uma peça bastante rara do mestre russo: A Execução de Stepan Razin (1964).
Lembro-me de já tê-la ouvido há muitos anos em Luxemburgo, com a orquestra local. Com os ingressos esgotados, conseguiram-me lugar no palco. Ao meu lado, um casal com linda menina de seus 10 anos. Jamais me esquecerei da cara que ela fez quando o baixo começou a cantar com seu vozeirão: de olhos esbugalhados, segurando o riso, virou-se para os pais como que a perguntar: "Meu Deus, vocês não vão rir disso não???". Mas a lindinha soube se comportar.
Para minha sorte, o baixo solista, o russo Oleg Didenko estava presente neste que foi seu primeiro ensaio com a orquestra. Voz potente. Ia perguntar ao maestro, acabei esquecendo: terá sido esta a primeira audição desta peça no Brasil?
Ah, faltou: o herói no caso foi um cossaco que liderou uma revolta camponesa contra o czar. Naturalmente que foi preso e executado ou a peça de Shostakovich não existiria. Shosta lançou mão de poema escrito por Yevtushenko, de quem ele já usara o "Babi Yar" de sua 13a Sinfonia.
Ah, faltou: o herói no caso foi um cossaco que liderou uma revolta camponesa contra o czar. Naturalmente que foi preso e executado ou a peça de Shostakovich não existiria. Shosta lançou mão de poema escrito por Yevtushenko, de quem ele já usara o "Babi Yar" de sua 13a Sinfonia.
Pena que não consigo postar aqui o vídeo que fiz do ensaio, nem 20 segundos....
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