Da coleção de primeiras edições autografadas merece destaque, claro, o Grande Sertão: Veredas, comprado em 4 de junho de 1991 no Sebo Dantes, quando ainda em Ipanema.
O preço de 100 dólares era o meu salário exato como professor / recreador do Tabladinho. O livro estava já reservado para mim (não tinha eu conta em banco, cheques, à época) e na véspera tive sono agitado.
Quando peguei o Grande Sertão para enfim ler não foi obviamente esta edição, inda mais porque levei para o Ceará e Brasília em mítica viagem de janeiro de 1992. Não se leva uma primeira edição autografada em mochila. Levei a quarta, em que podia sublinhar e anotar nas margens à vontade.
Li tanto na rede do Felipe Barroso que em meus sonhos eu falava tal qual o Riobaldo.
Escolher trecho preferido aqui é muito perigoso, impossível mesmo. A passagem final, quando Riobaldo descobre, dói demais:
Diadorim era mulher como o sol não acende a água do rio Urucúia, como eu solucei meu desespero.... Mas aqueles olhos eu beijei, e as faces, a boca... E eu não sabia por que nome chamar; eu exclamei me doendo:
- "Meu amor!..."
Mas hoje fico com o Tatarana, em desesperos e confusões de amor, se revelando, para logo levar uma senhora reprimenda de Diadorim:
E tudo impossível. Três-tantos impossível, que eu descuidei, e falei: - ...Meu bem, estivesse dia claro, e eu pudesse espiar a cor de seus olhos... -; o disse, vagável num esquecimento, assim como estivesse pensando somente, modo se diz um verso.
E agora está escuro aqui em casa. Fosse dia claro...
7 comments:
quer vender??
Pago bem!!
Otávio marcelino (21)98633112
quer vender?? pago bem pelo exemplar!!
21 9863-3112
Otávio marcelino
Não, Otávio, não está à venda.
Uau!!!!!!!!
Estou relendo GRANDE SERTÃO VEREDAS pela quarta vez, ou melhor, leio permanentemente este livro, pois há mais de 8 anos anda comigo em viagens, férias e no dia-a-dia. Sempre me encanto em cada releitura e curto ler o que se escreve sobre o mesmo. Nem lembrava dessa parte que vc destacou. E lhe parabenizo pelo sítio e a sorte ter uma edição autografada.
Um abraço.
Ora aí está: como diz a Luciana, é livro para leitura e releitura permanentes.
Abraço
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