Mão de Jonas |
Um pouco de disciplina na quarentena não faz mal a ninguém, então decidi não apenas arregaçar as mangas e organizar a biblioteca (a 'livrada' como meu pai gosta de dizer), como terminar dois projetos que eu deixara de escanteio: os limeriques baseados no Livro de Perguntas do Neruda e os sonetos para os profetas do Aleijadinho.
Os limeriques foram deixados de lado há mais de quatro anos. Faltavam poucos, revi tudo e terminei-os. Os sonetos ganhavam poeira na gaveta há quase ano e meio. Dos doze profetas, tinha cinco. Nos últimos quatro dias, fiz mais três, de modo que agora faltam apenas Habacuque, Baruque, Jeremias e Isaías.
Não é mole escrever 'sobre' profetas no Brasil de hoje. Meu objetivo é trabalhar com eles enquanto esculturas do Aleijadinho, embora eu me deixe resvalar, sim, para o personagem mítico-histórico ali representado. Mas aí me interessa o profeta enquanto mitologia e sei que isso pode causar furor tanto nessa crentelhada que tomou o país de assalto como em pessoas inteligentes como meu finado orientador José Carlos Barcellos. Enfim.
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