Sim, claro que o doc foi emocionante, bastavam as imagens da louca cena berlinense do final dos 60 e meus 11 caraminguás já estavam pagos com sobras. Mas faltou coisa, claro, e a ênfase nas trilhas-sonoras foi desnecessária. Mencionar as trilhas foi essencial, deixá-las de lado seria falha -- sobretudo para músicos que desejavam fazer música o mais distante do padrão ocidental-comercial e logo se viram alçados a queridinhos de Hollywood -- mas enfatizá-las pareceu-me igualmente falho. Fosse meu o documentário (bem, posso fazer o meu), daria mais destaque aos míticos Virgin Years, ao soberbo Cyclone (só dez segundinhos sobre a participação de Steve Jolliffe) e exploraria mais a ligação (ou não) do Tangerine Dream com a cena Krautrock, buscando registros do Amon Duul, Ash Ra Tempel e, sobretudo, CAN (aqui).
Sim, mas claro que o doc foi emocionante. Tocou trechos da "White Eagle" duas vezes. Tocou trechos do Phaedra enquanto víamos galáxias. Isso tudo enquanto a sexta virava sábado em Botafogo.
A tradução foi da minha amiga Nadine Sickermann. Orgulho.
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