Aconteceu tão logo comecei no colégio. Peguei uma turma de 8o ano (então chamado de 7a série), com quem permaneci no ano seguinte. Depois, no Ensino Médio, alguns alunos escolheram inglês e, por sorte, as minhas oficinas. De modo que foram meus alunos por 5 anos seguidos. São a Nanda, o Henrique, o Nélson. Formaram-se em 2004.
Depois nunca mais, mesmo porque é raro eu dar aula pra 8o ano. Mas peguei turma desses pirralhos em 2013. E, adivinhem, acompanhei-os no ano seguinte. E, adivinhem, alguns permaneceram comigo até agora: 5 anos já. São a Camila, a Joia, a Bela, a Isabella, a Helena.
Se por um lado é difícil dar aulas para os mesmos alunos durante 5 anos seguidos -- difícil, por exemplo, cumprir a primeira regra de never repeat a joke --, por outro rolam uma intimidade, uma troca, um carinho simplesmente deliciosos. Se o desafio da motivação e da conquista parece, at a glance, amainar, ocorre justamente o contrário: o desafio aumenta, ambos os lados.
Saudades já.
A trilha para esta postagem é "Five Years", do David Bowie, que se encantou durante este período em que elas me deram aula. A rigor, a letra, tirante a obviedade do título, não se adequa à postagem: aqui David, então em sua fase espacial, trata do período que nosso planeta teria antes de ser destruído, um período futuro, portanto, ao passo que euzinho aqui falo de um período passado.
Mas dois versos caem como luva: "I never thought I'd need so many people" e "We've got five years, what a surprise".
E eu quero que cinco anos sejam também um período futuro. E mais cinco e cinco e cinco.
As fotos são do Silmar. Obrigado, querido!
1 comment:
Que sorte elas têm!
Se cabe uma retificação apenas na organização de uma oração do primoroso texto, a Bela não escolheu inglês, escolheu suas oficinas.
Bem que eu tentei que ela escolhesse francês, mas ela preferiu Evandro.
Parabéns aos seis!
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