Sunday, July 24, 2016

Os Azulejos da Casa dos Poveiros



Os portugueses na primeira metade do século passado organizavam suas 'casas' de acordo com sua região de origem, o que é bastante razoável. Daí a Casa do Minho, no Cosme Velho (aqui) e, na Tijuca, a das Beiras (aqui) e, vizinhas de rua, a de Trás-os-Montes e Alto Douro e a de Açores, para ficarmos com algumas. A Casa do Porto, na Afonso Pena, é exceção, mas entende-se que uma cidade grande possa ter a sua própria. Mas entra neste grupo também a Casa dos Poveiros, no Rio Comprido, sem que Póvoa do Varzim, até onde sei, tenha a importância de um Porto.

Das duas uma: ou havia muito poveiro por aqui ou estes acharam que quem nasce onde nasceu Eça merece casa à parte. Pode ser.

Está instalada num belo palacete verde na Rua do Bispo, que não foi erguido para tal função. Eu gostava de ter informações sobre esse palacete.

De azulejos, cinco painéis quadrados (14 X 14) localizados na quadra esportiva (?!). Em que pesem as boladas, conservam-se bem. Peças de 1979 produzidas pela quase tricentenária lisboeta Fábrica Sant'Anna. Os motivos são os orgulhos dos puveiros, digo-o sem ironia: a praia, a pesca, o Cego do Maio. E, claro, o gênio do Primo Basílio, do Padre Amaro, do Mandarim.










Encontrei ainda pequeno painel de Fátima do Manoel Félix Igrejas. Na entrada um outro mais recente, com runas, assinado por Isaura Milhazes.





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