Tenha Ghiggia morrido em um 16 de julho foi grande coincidência, pois este foi exatamente o dia do Maracanazo de 1950. Isso tenha acontecido um dia antes de eu chegar ao Uruguai foi também um acaso interessante, lembrando que dediquei alguns dias do semestre passado para ler sobre a histórica final de 1950 (Anatomia de uma Derrota, de Paulo Perdigão) e sobre a vida do Barbosa (Queimando as Traves de 50, de Bruno Freitas). Os nomes de Barbosa e Ghiggia para sempre associados. Envolvi-me com a história ao ponto de ter ido a Ramos duas vezes para procurar a casa onde morou o goleiro do Vasco. Encontrei-a, conforme se lê neste post aqui.
A morte de Ghiggia foi recebida como a de um herói nacional. Natural em um pequeno país louco por futebol que tenha ruas e avenidas chamadas Obdulio Varela, o capitão do time.
Porém a coincidência maior foi que, poucos dias depois, Uruguai e Brasil se enfrentaram em uma partida de futebol válida pelo Pan em Toronto. Sim, a Celeste venceu. Por 2 a 1. De virada. E o segundo gol foi MUITO parecido com o segundo gol do Maracanazo marcado por um Alcides Gigghia, então um jovem de 23 anos.
Impossível não acreditar em gigghias... Porque que los hay los hay.
Linda camisa do Danubio, de Montevidéu, onde ele encerrou a carreira |
PS realmente escrito después: A diferença é que, neste gol do Pan, não havia ninguém entrando pelo meio, de modo que a dúvida que torturou Barbosa (vai cruzar ou chutar?) não pode ter existido...
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