A primeira vez em que estive no Bar da Portuguesa foi num sábado, cheguei com o irmão felizes pouco antes das 6 e pedimos a cerveja de lei. Poucos minutos depois pedíamos a segunda para ouvir da garçonete: "Tá fechando". Pasmo total. Um boteco que fecha às 6 num sábado?
Sim, o Purtuguesa fecha. E pensar que aqui relatei surpresa por conta do Brasil fechar à meia-noite.
Hoje supero o desgosto com gosto :: o bar é daqueles realmente familiares, tem seus horários e pronto, não curva o espinhaço para atender à torcida. Hoje volto em horário apropriado, a tempo de traçar o cremoso pastel de camarão e a generosa fritada do Hélio.
Sendo da purtuguesa, é templo da vascainidade, e isso faz falta, em tempos que assistem à despedida do Quinta de São Cristóvão (aqui). Por política de boa vizinhança, inclui-se no "botequim de todos os times", de que escrevi aqui. A camisa do Cruzeiro vestiu-a Nelinho, que morou ali em frente e até hoje frequenta. Mas a presença maior, claro, é da cruz de malta e o Paulinho ostenta o navegador bacalhau na batata.
Pixinguinha era habitué, o que já justificaria o tombamento. Aqui ele conheceu Baden Powell, num sábado antes das seis. Da mais recente em que lá estive, estava acampada a biblioteca voluntária que doa livros (post em breve). E passou por nós a caravana da ACervA Carioca. Fui ter com eles e ganhei um pedaço de uma farmhouse ale lançada naquele mesmo dia.
Então a gente vai no botequim do subúrbio na rua João Silva cheia de azulejos (ver aqui) e come fritada e toma cerveja. Como se não bastara, volta com Rasero do Rebolledo e um João Antônio e ainda toma uma farmhouse ale.
Depois dizem que não há Deus.
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