Não irei reproduzir aqui a piada do primeiro encontro do ex-detento, que cumprira pena de 12 anos, com a prostituta, que é piada pesada e suja, além de tecnicamente falha. Mas engraçada bagaray.
Tampouco reproduzirei a formidável resposta do Prokofiev quando perguntado se usaria jazz / elementos jazzísticos em suas composições: "Não tenho tempo pra isso", respondeu o mestre. Êpa. É o que sinto em relação ao whiskies blendados: não tenho tempo pra eles. Mas um 30 anos é um 30 anos. Perguntem à prostituta.
Pois então. Para comemorar duas amizades iniciada no mágico ano de 1982 no mítico São José "de baixo" com duas pessoas ainda relevantes (claro, ou não haveria celebração), optei por um... er, 30 anos, e eis que meu amigo Alexandre Campos (de quem falei aqui) me consegue o Whyte & Mackay 30 anos.
O Whyte & Mackay gosta de produzir expressões etárias pouco comuns no mercado do whisky: 13 (em vez de 12) anos, 19 (em vez de 18), 22 (ao invés de 21), e 30 anos, com o argumento de que aquele aninho extra deu à bebida a chance de amadurecer um pouco mais, conferindo-lhe uma suavidade graciosa e distinta. Parece marketing. E é. Mas prove pra ver.
O whisky? O aroma impregnou o apê de tal modo que os vizinhos chatos quase reclamaram. Os legais bateram à porta com a desculpa de que tinha acabado a farinha de trigo. Isso enfiando a cabeça porta adentro. Na boca, rico e profundo, (um) pouco amadeirado. Jerez e cerejas. No fim, algo de especiarias, mas o tom geral é de mel e grande suavidade. Se tomado depois de um Islay, trará notas de couro. Em uma palavra: equilíbrio, algo que meus amados Islay nem sempre terão. Nem eu.
PS: Os amigos são a Ariadne e o Renato, que perdeu a barca da história para o whiskão. O Felipe da foto é amizade feita em Chicago em 1986. 27 anos apenas.
1 comment:
Eu não conheço a piada!
Post a Comment