É PRÓPRIO DA FERRUGEM
Isso foi antes da ferrugem
estes sorrisos
estralando a manhã
esta música
ecoando pelos quartos
adentrando as peles.
É próprio da ferrugem primeiro devorar o ferro
É próprio da ferrugem - uma dama - primeiro bater ao portão
E logo a mansuetude dos encontros
logo todo gesto de carne torna-se
pasto para os
dentes da oxidação inexorável.
2 comments:
Absurdamente bonito.
Fiquei com o mote do poema nas entranhas e descobri aquilo que realmente o define: RUST NEVER SLEEPS, by Neil Young, of course.
Post a Comment