Friday, August 03, 2012
Never mind
Se a insônia vier habitar meus olhos
estenderei meus sonhos num varal
para ver se assim, secos, dessalgados
roídos até o osso, nus, expostos
às intempéries da madrugada
eu lhes enxergue melhor o ridículo
e os deixe lá, espantalhos estúpidos
enforcados inúteis e medonhos.
E eu possa regressar, leve, inconsútil
para a delícia de um sono sem sonhos.
(Um homem sem sonhos, que dirão de mim?)
Bollocks! Deixo o soneto antes do fim.
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1 comment:
Poesia con CRETA e concreta.
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