Tínhamos apenas dois almoços em Novo Airão e os fizemos, segundo a tradição do velho Hélio Domingues de repetir o que gostou, no Flor do Luar. Pra piorar, pedimos o mesmo prato: tambaqui de banda. Divino, à falta de palavra melhor.
Em Manaus fomos ao Caxiri, aliás da mesma chefe do Flor e eu fui de hambúrguer. De tambaqui. Aí veio a última refeição em Manaus e batemos ponto no... Tambaqui de Banda (quantas vezes a palavra tambaqui em dois pequenos parágrafos?), à sombra do Teatro Amazonas, as mesinhas do lado de fora, o clima delicioso.
Queria pedir coisa diferente (o cardápio é extenso), mas Pampi insistia que não fazia sentido não pedir o carro-chefe, que batiza o restaurante. Anuí. Para não dizer que não pedimos nada de diferente, apostamos numa entrada típica do melhor comida de buteco: um peixe enrolado na banana-da-terra, aqui chamada de pacovã.
A pacovã já aparece num clássico da culinária amazônica: o pirarucu de casaca, que conheci há muitos anos no Francisco em Brasília.
O melhor de pedir essa entrada foi prometer que, once back home, iríamos reproduzir a receita em casa. Reproduzir, imitar, emular, com perdão da feia palavra.
Não passou nem uma semana e olha aí nosso linguado enrolado na banana-da-terra.
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