Tuesday, March 12, 2019

Crônicas Amazonenses II :: Buritis


São tantos os buritis no caminho entre Careiro da Várzea e o bravo Rio Tupana, tão enfurnado no meio da mata. Não esperava encontrá-los por aqui, e assim em quantidades, e assim robustos. A diferença é que no norte de Minas ao agrupamento de muitos no terreno onde há sempre alguma água dá-se o nome de vereda, enquanto que por aqui chamam de charco

Quando desci o Rio Urucuia em viagem de 1992 (Buritis-Arinos-Urucuia) para chegar ao São Francisco (São Romão- Guararavacã do Guaicuí-Pirapora), esbarrei em muitas veredas, mas hoje, com tanto eucalipto, cana e soja, elas vão rareando, o que é triste demais.

Ao menos no caminho entre Careiro da Várzea e o Rio Tupana os há a mancheias. E, para glória do Senhor, havia ainda dois em meu hotel.

Me deu saudade de algum buritizal, na ida duma vereda em capim. Saudade, dessas que respondem ao vento; saudade dos Gerais.

Diadorim, Diadorim, oh, ah, meus-buritizais levados de verdes... Buriti, do ouro da flor 






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