Wednesday, January 09, 2019

Cervejas Artesanais dos Diamantes



Ninguém vai ao Alto Jequitinhonha em busca de cervejas, mas já que atualmente se esbarra numa artesanal em qualquer tugúrio, pesquisas nos indicavam já a presença de uma Diamantina de lindos rótulos na cidade de mesmo nome.

Ao chegar nesta cidade, descobrimos a existência da Capistrana, cuja pilsen não nos soube bem -- aquele gosto muito cru de fundo de quintal. A IPA da Diamantina tampouco deixou boa impressão, mas o melhor estava por vir.

Certo fim de tarde -- e como são esplendorosos os fins de tarde por lá --, enquanto aguardávamos nosso bambá do garimpo, prato tradicional criado pelo ex-garimpeiro e hoje chef Vandeca, pedimos a Biribiri, uma blond ale da Diamantina, porque eu precisava trazer aquela garrafinha pra casa, para nela plantar sempre-vivas na sala. Bem, ela harmonizou absurdamente com o fim de tarde, a costelinha, os afro-sambas do Vinícius e do Baden Powell.

Mas o melhor estava por vir: no Sêrro Frio tem um café onde servem um golden da SerroBier e, rapaz, aquilo ali entre a escadaria da Santa Rita e a monumental Igreja do Carmo põe a gente comovido... De quebra, uma IPA cigana de Milho Verde (de Milho Verde!), sem rótulo nem nada, só uma etiquetinha. Valei-me Santa Rita.

PS: Em Milho Verde mesmo, no restaurante Angu Duro, tivemos alegria ainda de encontrar uma IPA de Sabinópolis! Já não era ela a acompanhar o frango com cerveja, mas mesmo o inverso. Ali, entre os cachorros, o fogão à lenha, e o horizonte infinito onde ardiam coivaras e sempre-vivas.




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