Meu amor por Sagarana começa pelo título, neologismo-hibridismo juntando duas línguas tão imprescindíveis quanto improváveis: o nórdico saga (e daí viria o inglês say) e o sufixo tupi -rana, à maneira de, como em taturana, tatarana, à maneira do fogo, como se fogo fosse, e dez anos depois, Riobaldo Tatarana.
Então, Sagarana = à maneira de uma saga. Mas não dos deuses nórdicos, antes sertanejos e plantas e burrinho.
Assim a cervejaria Chelawasi em Arequipa, que une chela, termo coloquial para designar cerveja em castelhano, e wasi, casa em quéchua. Casa de Cerveja, onde mais se pode querer estar?
Aqui um norte-americano de Oregon e uma limenha encontraram pouso onde fazem cervejas artesanas de qualidade, bem como servem outras tantas. Antes tentaram Lima, mas Lima sabem como é, o sol não brilha, a garúa chove. Em Arequipa fazem, dentre outras, uma Cascadian Dark Ale batizada de Black Jesus, que maravilha isso. Se no Rio temos os grafites / colagens do "Jesus Pretinho", do Alberto Pereira, o menino bebê retinto nos braços da Alvíssima Maria, aqui o menino cresceu, Jesus Negão.
Gostei tanto que comprei pôsteres. Evoé, Jesus.
Pix far from good
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