Inventei-me uma dica de viagem que proíbe excessos no dia do retorno. Excessos gastronômicos. Nada de experimentar aquele prato, aquele tempero, aquela bebida, tantos aqueles. Há alguns anos, em minha última noite em Goa, neguei-me buuzes e boortsog mongólicos porque no dia seguinte voltaria para casa.
Dica sábia que joguei solenemente às favas quando, em Chiang Mai, fomos ao Tong Tem Toh, restaurante popular especializado na culinária lanna, toda ela do norte, das montanhas, das tribos, de todo diversa da que se come em Bangkok e que é, claro, a que se reproduz como a única tailandesa.
Mandei às favas quando pedi meu porco fermentado com ovos acompanhado de uma salada de ovas de formiga. Camila encarou um curry de cogumelos. E olha que a viagem pela frente era da bagatela de 36 horas de estrada, de mãos dadas pelas nuvens, do Reino de Lanna ao Grajaú, onde tanta tamarindeira cresce.
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