Uma seleção meio ligeira e despretensiosa do que tenho do bairro onde Lima Barreto viveu os últimos dias de sua vida transtornada. Bastava isso, creio, para que fosse logradouro dos mais importantes da urbe, mas ora, se não se preservaram as casas onde Machado nasceu e morou, veja lá se melhor sorte teriam as do mulato epiléptico e alcoólatra sem papas na língua e que sempre viveu à beira.
Um maravilhoso painel azulejar de mais de duas mil peças (sobre o qual já escrevi aqui), alguns belos grafites, incluindo um raro São Jorge para crianças, santo em platibanda a dar com pau, cobogós, piso de caquinho com desenhos, uma casa art decó e, o melhor, casinhas velhas que mal se aguentam de pé, como velhas bêbadas e sobre as quais, gosto de pensar, os olhos de Afonso Henriques de Lima Barreto talvez tenham pousado.
"Tomamos uma rua transversal e fomos indo quase sós, por ela afora. Eu ainda não tinha visto a casa, embora Gonzaga me tivesse apontado. O arruamento do subúrbio é delirante." < Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá >
5 comments:
Que varanda maravilhosa. Que São Jorge para crianças! Tudo muito lindo. Lima Barreto!!!! Tudo.
Grande Evandro... Que trabalho lindo esse seu.
Sheila
Grande Lima Barreto! A casa dele não existe mais?
O subúrbio, esconde verdadeiros tesouros. Uma lástima estarem em sua maioria, abandonados.
Amigos, boa noite. A casa ainda existe? Qual o endereço? Grato a tds. Uma ótima noite .
Brunno, vc se refere à casa do Lima? Não, infelizmente
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