A primeira piranha que comi foi no Restaurante do Egnaldo, em Pirapora, às margens do São Francisco, em viagem que seguia os passos de Riobaldo Tatarana. Eu era duro, duro de contar moedinhas, e senti-me muito próspero ao poder sentar-me num estrelado do Quatro Rodas. Tomei duas cervejas e mastiguei vagarosamente como se cada pedacinho fosse um naco de ambrosia do céu. E, de certo modo, era.
Muitos anos depois, dir-se-ia outra encarnação, peguei o trem para Marechal Hermes numa tarde de sábado para visitar a Adega Tudo do Mar. Naquela hora, entre lobo e cão, só tinha eu lá. Eu e a cabeça de onça. Tomei o caldo, lambi os beiços e, cheio de vigor, passei as próximas horas tirando fotos daquela arquitetura maravilhosa e dos botequins incríveis.
Finzinho do ano passado, foi o caldo da Casa do Norte, no Butantã, terra de cobras. Estava frio, ralo, sem graça, mais sem graça que dançar com a irmã. Melhor esquecer.
E no último finde subi a serra atrás do caldo de piranha do.... err, Caldo de Piranha, em rua calminha de Teresópolis. A iguaria sai por 5 pratas. Vende mais que bolo quente. Paga a viagem.
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