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Méier |
Na primeira postagem que fiz acerca da azulejaria popular dos Irmãos Igrejas (
aqui), lembrei que Manoel e António não tinham por hábito assinar os pequenos paineis compostos por quatro azulejos, quase sempre
dispostos como losangos, então implantados na platibanda da casa.
Arrisco duas explicações: a pequena dimensão da obra e o fato de talvez eles não enxergarem ali algo realmente artístico, autoral. Com efeito, a produção era grande: em depoimento de 1990 calculavam já terem executado para mais de 30 mil dessas peças desde a chegada ao Brasil, o que dá, roughly, média de quase duas peças (duas peças de quatro azulejos!) por dia!
Não é pouco.
Dia desses, no entanto, encontrei linda Nossa Senhora Aparecida (em pessoa) no Méier em um painel onde meus olhos míopes juram ver a assinatura de um Felix Igrejas. Ressalte-se que o painel é composto por nove peças.
Parece então que só assinavam paineis de santos quando estes eram maiores que os quatro habituais (caso da Aparecida do Méier e do São Jorge de Campo Grande), mas isso está longe de ser regra, haja vista o São Sebastião, a Nossa Senhora da Penha, a de Fátima, o São Jerônimo, dentre outros, exemplificados aqui. Mas como, então, posso afirmar que esses paineis são de autoria dos Igrejas, mais provavelmente do António? Simples: pela sua característica moldura fitomórfica alaranjada.
A moldura, portanto, fazendo as vezes de assinatura. Hipótese interessante.
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Honório Gurgel |
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Penha |
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Penha |
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Olaria |
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Olaria |
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Ramos |
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Campo Grande (assinado) Foto de Flavio Paschoal |
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Brás de Pina (assinado) |
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A característica moldura em painel secular de Ramos |
2 comments:
Adoro isso! Uma observação: empena é uma parede lateral, esses painéis estão na platibanda ou então na própria fachada. Abraço (nesta época de calor ou chuva estou em recesso fotográfico), Ivo
Correção feita, Ivo. Obrigado!
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