Monday, September 23, 2013
Primavera criança me segreda
eu vejo a moça na janela antiga
mirando quieta o rio que lhe flui
das mãos o dia corre assim emol
durado pelos olhos pelas mãos
extático em sua própria duração
eu vejo a moça antiga na janela
os olhos sobre as águas que de pedra
em pedra sem pressa fazem espuma
e não é qualquer moça ::: é a uma
a quem confio algo de secreto
que a primavera :: criança :: me segreda
seja assim primavera minha mestra
a ensinar-me que a moça será esta
a quem confio :: são tuas :: minhas mãos
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2 comments:
Muito lindo! E você diz que não sabe para que escrever poesia. Ora poupe-me, mestre Evandro.
Depois de um dia de trabalho longe de minha princesa, sua poesia foi alívio lindo para meu coração apertado.
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