Belo Horizonte :: era setembro de 2013 |
não será solidão um privilégio
dos homens que passam :: por onde passam
deixam seu visgo de destruição
sob a forma destas imensas câmaras
de gás a que nós chamamos cidade
a solidão também ela se apega
não pegajosa antes fria e seca
nestes seres quietos :: a rua quieta
e deserta :: a casa abandonada
velha e ébria :: o livro na estante
que sufoca sob o pó à falta
dos dedos que outrora amorosos
se um soluço pudesse rebentar
à memória dos dedos que o folhearam
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