Para todos os efeitos, o disco único de Di Melo pode ser lembrado (e cultuado) com ótimo representante da black music brasileira, soul e funk, lançado justamente no ano em que o maior representante desses estilos no Brasil, Tim Maia, entrava em sua fase racional: 1975
O que mais gosto nele, no entanto, é a inesperada presença do bandoneon em "Conformópolis" e "Sementes". Tão inesperada quanto bonita. A Wikipédia não dá os créditos, o dicionário do Cravo Albin credita-o ao pai do Taiguara, mas é o próprio Di que se recorda, séculos depois de morrer e renascer, que quem tocou foi o bandoneonista do.... Piazzolla! Di só não lembrava o nome do sujeito (Ruben Romero?).
Mas o que gosto ainda mais é "Alma Gêmea". Não é black music nem tem bandoneon, mas é linda demais. E tem a flauta de um tal de Hermeto Pascoal
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