Conforme relatei, eu já estivera em Gales, atravessara a ponte, conheci o castelo, trouxe livrinho em galês, dos favoritos da coleção.
Mas eu sabia que tinha faltado Hay-on-Wye (uma cidade toda sebos), Bron-Yr-Aur (um cottage todo Led Zeppelin) e, principalmente, Dylan Thomas.
Para o bardo galês eu pensava em visitar Swansea, onde nasceu, até que pesquisas mostraram que talvez valesse mais a pena conhecer Laugharne, em que pesem distância, dificuldade de transporte, tempo exíguo, frio galês e, pior de tudo, acertar a pronúncia do lugar
Até a véspera ainda hesitávamos muito. Foi durante a banheira que vimos com a clareza: sim, vamos todos, todos nós dois, para Laugharne. Imagine-se o que não foi esta Jacuzzi.
Decisão mais acertada, o dia glorioso de azul, o shed onde Dylan se retirava à tarde para escrever, a boathouse em que ele, Caitlin e os três filhos viveram existência atormentada. Para ele, havia sempre o pub, tão ao pé dali, tão em frente da casa onde instalara os pais e aonde ia fazer as palavras cruzadas.
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